sábado, 17 de março de 2012

De repente, a queda...


Em determinado momento estava tudo num excelente nível.
Os caminhos estavam retos, sem buracos e floridos como o dia mais colorido da mais linda estação. A Primavera, de repente se mudou para Dezembro !
Estaria mentindo se eu dissesse que não haviam alguns obstáculos no caminho, mas quando eu os avistava, diminuía a velocidade dos meus passos, das minhas decisões; passava por cima ou dava a volta por eles e logo apos me via novamente no lindo caminho.
Até que, em certo momento dessa 'longa estrada da vida', estes obstáculos começaram a aparecer com maior frequência, ou talvez eles já estavam la, mas como minha felicidade me fazia flutuar, eu não estava os vendo.
Quando voltei a andar com os pés no chão e olhando pra frente (e as vezes para baixo), os tropeções foram ficando mais comuns; as dores, lágrimas, solidão... tudo foi ficando mais frequente.
Em certa parte do caminho, em mais uma das muitas 'trocas de passos' eu cai em um buraco... e fui caindo... mas enquanto eu caia e não chegava ao fundo, revi minha vida, revivi momentos e olhei para o Alto, para o Céu. E vi que o mesmo Céu que brilhava na parte mais linda do meu caminho continuava brilhando, mas eu não estava vendo, pois olhava mais para os tais obstáculos do que para cima; mais para os problemas do que para as lindas cores da primavera que estavam tempo todo ao meu lado.
E foi na queda, que a antiga felicidade me reergueu e me fez voltar ao caminho certo, flutuando... E os meus olhos? Seguem olhando para o Céu brilhante e para as cores que continuam a me acompanhar.
E é nesse constante estado de Paz, de Felicidade, que flutuando, passo pelos obstáculos, sem que eles me atinjam.

( Experimente tirar os pés do chão. )

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